Série de reportagens radiofônicas em seis episódios que contam a história de vida de pessoas com autismo, nanismo e deficiência visual. Como essas pessoas se sentem quando são julgadas nas ruas? quando elas têm sua capacidade intelectual questionada ou quando a sociedade duvida que pelo fato delas terem características físicas ou comportamentais diferentes da maioria da população, elas podem não ser capazes de viver socialmente. Os autistas, os anões e os deficientes visuais esperam simplesmente que as diferenças que possuem sejam respeitadas.
No primeiro episódio optei por não explicar em termos científicos as três condições escolhidas. O tema é a visão que a sociedade tem sobre o que é ser normal. Os depoimentos descrevem como os personagens enfrentam o fato de serem vistos por alguns como pessoas incapazes de conviver socialmente ou de serem vistos por outros como super-heróis que enfrentaram todas as dificuldades da vida.
No segundo episódio o objetivo é esclarecer ao ouvinte o que, de fato, são o autismo, o nanismo e a deficiência visual. Se essas condições humanas podem ser consideradas doenças e quais as causas e efeitos para quem as possui. A ideia é esclarecer em termos técnicos o que é o autismo, o nanismo e a deficiência visual e evidenciar a importância de se ter informação correta e suficiente para não desqualificar ou excluir aqueles que possuem características diferentes da maioria da população.
O terceiro episódio tem como foco a discussão da forma como a sociedade enxerga o diferente e como essa visão acaba por criar ambientes excludentes e que fortalecem ainda mais a figura do “super-herói” ou do “incapaz”. O objetivo deste episódio é evidenciar o quanto é sofrido para autistas, anões e deficientes visuais enfrentar o julgamento diário das pessoas nas ruas, nas praças, no transporte público, no trabalho, nas escolas e nas universidades. A história contada nesse episódio destaca ainda a invasão da privacidade sofrida por essas pessoas quando elas querem apenas viver e conviver.
No quarto episódio o tema principal é a discussão da importância da família. Quando pais ou responsáveis descobrem que algum membro familiar possui autismo, nanismo ou deficiência visual, o que eles sentem, como lidam com a situação? O objetivo não é definir o que deve ser feito, já que cada família possui uma forma diferente de enfrentar, mas sim, compartilhar a história dos personagens para que talvez outras famílias se identifiquem.
No quinto episódio foram escolhidos dois temas centrais: o preconceito e a aceitação. A construção da narrativa foi construída de forma a evidenciar as mais variadas situações de preconceito que as personagens já sofreram, mas sem deixar de contar sobre como enfrentaram tal preconceito e como isso não foi capaz de impedir o crescimento pessoal e profissional delas. A abordagem também vai tratar da questão da aceitação da própria condição sendo autista, anã ou cega.
No sexto e último episódio, a narrativa baseia-se em dois temas principais: a entrada de autistas, anões e deficientes visuais no mercado de trabalho e a falta de acessibilidade nos espaços públicos e coletivos para estas pessoas. Para caracterizar essas duas temáticas, são discutidas estatísticas que mostram a necessidade de providenciar um mercado de trabalho mais inclusivo para pessoas com deficiência e urgência em criar-se políticas públicas eficientes e que possam apresentar resultados positivos em relação aos deficientes. Também são brevemente relatadas algumas das principais leis que protegem os direitos das pessoas com deficiência.